Professora Maria Perpétua Teles Monteiro
mperpetuatm@yahoo.com.br

quarta-feira, 30 de abril de 2008

DIA DO TRABALHO OU DO TRABALHADOR?

Declaração Universal dos Direitos Humanos - Artigo XXIII Tarsila do Amaral(1886-1973) "Operários "
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
Gustave Courbert "Mulheres peneirando trigo"
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.

Gustave Courbert "Cortadores de pedra"
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses.

Edouard Manet "Cantor espanhol"

O Dia do Trabalhador é celebrado anualmente no dia 1 de Maio em numerosos países do mundo, sendo feriado no Brasil, Portugal assim como em muitos outros países. Teve início quando em 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. No quarto dia, após várias manifestações a polícia abriu fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.

No Brasil o Dia do Trabalhador era considerado pelos movimentos anarquistas e comunistas como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país com piquetes e passeatas. Foi a propaganda trabalhista de Vargas(1930- 1940) que sutilmente transformou o dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalho. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano passando a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalho, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. Este ano, exatamente no dia de hoje, véspera do dia do trabalho o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Carlos Lupi (Trabalho) lançaram a nova carteira de trabalho informatizada. O Presidente foi o primeiro a receber o documento e também o Cartão de Identidade do Trabalhador.

Um Homem Também Chora (Guerreiro Menino)
Composição: Gonzaguinha
Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas...
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura...
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito...
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os tornem refeitos...
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra do seu tempo
Por sobre seus ombros...
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama...Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Não dá prá ser feliz
Não dá prá ser feliz...
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros...
Eu vejo que ele sangra
Eu vejo que ele berra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama...
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
E sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Não dá prá ser feliz...
Não dá prá ser feliz
Não dá prá ser feliz
Não dá prá ser feliz...
Acess:

domingo, 27 de abril de 2008

30 DE ABRIL DIA DO QUADRINHO NACIONAL

As histórias em quadrinhos-HQs são enredos narrados quadro a quadro por meio de desenhos e textos que utilizam o discurso direto, característico da língua falada.

Para as atividades em sala de aula usamos o trabalho de Maurício de Souza "As sombras da vida" disponível em http://www.monica.com.br/comics/piteco/welcome.htm.

Houve um tempo em que as histórias em quadrinhos só entravam na escola escondidas. A publicação de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do século XX. No país o estilo comics dos super-heróis americanos é o predominante, mas vem perdendo espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses (conhecidos como Mangá). Artistas brasileiros têm trabalhado com ambos os estilos. No caso dos comics alguns já conquistaram fama internacional (como Roger Cruz que desenhou X-Men e Mike Deodato que desenhou Thor, Mulher Maravilha e outros).A única vertente dos quadrinhos da qual se pode dizer que desenvolveu-se um conjunto de características profundamente nacional é a tira. Apesar de não ser originária do Brasil, no país ela desenvolveu características diferenciadas. Sob a influência da rebeldia contra a ditadura durante os anos 60 e mais tarde de grandes nomes dos quadrinhos underground nos 80 (muitos dos quais ainda em atividade), a tira brasileira ganhou uma personalidade muito mais "ácida" e menos comportada do que a americana. No Brasil, supõe-se que a revista “O Tico-Tico” ( que tinha uma proposta educativa e moralizadora muito forte), tenha sido a primeira do mundo a apresentar histórias em quadrinhos completas. Ao ser criada e publicada em 1905, ela trazia: contos, textos informativos e curiosidades sobre matérias para crianças. Foi publicada e divulgada durante décadas e durou até 1956.

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS, AMBIENTE E
CIDADANIA
Giovana Scareli(Unicamp e Uniopec)
[...}As HQs possuem características marcantes que as diferem de outras linguagens -
dois códigos de signos gráficos formam seu sistema narrativo:
- a imagem (desenho);
- a linguagem escrita.
A imagem dos quadrinhos é o desenho manual. A elaboração
manual revela a intencionalidade do desenhista na emissão do ato
sêmico e transforma o desenho em mensagem icônica, carregando em si,
além das idéias, a arte, o estilo do emissor. Em contraposição com a
fotografia, cujo estatuto primeiro é o de ser documento, registro, a
imagem desenhada visa o público consumidor das HQs, a comunicação
com mensagens codificadas.”
Cagnin, (1975).
A imagem (desenho) é uma marca das histórias em quadrinhos. Há HQ que não
utilizam palavras pois o desenho diz tudo através dos traços, das expressões. Uma HQ
pode ser feita apenas de imagens, porém não pode ser feita apenas de linguagem escrita,
senão não é HQ.
A linguagem escrita tem grande importância nos quadrinhos, pois
complementam a imagem e dirigem a leitura, segundo a intenção que o emissor lhe quer
dar. Também serve de ligação, palavra e imagem possuem, desta forma uma relação
complementar. Embora seja importante, ela ficou confinada quase que exclusivamente
aos balões (traçado que contém as palavras ou símbolos que formam o diálogo entre as
personagens) durante muito tempo. Porém existem outras formas de apresentar um texto
numa HQ, além do balão, como legendas, onomatopéias, o próprio título e também
palavras com significados visuais como por exemplo: um muro pichado no qual está
escrito alguma coisa que não faz parte do diálogo, mas é integrante do desenho.
Balão
O balão é um traço peculiar e distintivo das histórias em quadrinhos. O balão é
tão peculiar que na Itália ele dá o nome às HQs, que são chamadas de fumetti: fumaça
em italiano.
Nele estão presentes textos ou mesmo imagens que correspondem ao diálogo
mantido pelos personagens, seus pensamentos ou seus sonhos.
O balão pode ser colocado em qualquer lugar na história, porém de maneira que
seja compreendido pelo leitor, pois mesmo na leitura de histórias em quadrinhos lê-se
da esquerda para a direita e de cima para baixo, exceção feita aos quadrinhos orientais.
Há dois tipos de balões mais utilizados: o balão-fala e o balão-pensamento.
O balão-fala apresenta-se todo contornado, inclusive com um “rabicho”,
segundo Iannone, (1999), em linha contínua e voltado para quem está falando.
O balão-pensamento pode ser também contornado, porém, de forma ondulada,
quebrada ou de pequenos arcos ligados. A principal característica é que seu apêndice é
formado de pequenas bolhas ou nuvenzinhas que saem da cabeça de quem está
pensando.
O conteúdo dos balões pode ser constituído apenas de um sinal lingüístico ou
um grafema: um ponto de interrogação ou de exclamação, ou apenas uma letra. “Estes
sinais são índices do estado da alma da personagem” segundo Cagnin, (1975). Um
grafema também pode assumir valor onomatopéico. Como a letra “Z” num balão é
interpretada como um ronco, ou um sono pesado.
Legenda
Enquanto o balão representa a fala ou o estado de espírito da personagem, há um
outro elemento narrativo comumente usado: a legenda.
A legenda é um elemento externo à ação e funciona, geralmente, como um
narrador que está introduzindo ou explicando a história. Sendo assim, ela pode estar
localizada em diversos lugares da história, sendo mais utilizada na faixa de cima do
retângulo porque é, convencionalmente, o lado que começa a leitura. Porém as legendas
podem ocupar até páginas inteiras.
Onomatopéia
Um elemento muito usado e também peculiar dos quadrinhos é a onomatopéia.
“É a explosão sonora dos fumetti”, segundo Cagnin, (1975). Por meio da onomatopéia,
procura-se transmitir um ruído específico. Na maioria dos casos, ela está associada a
alguma situação, o que facilita a compreensão do leitor. Normalmente as onomatopéias
estão intrínsecas à ação, diferentemente dos balões e das legendas que ficam mais
distantes. Por exemplo, quando há uma cena de luta, geralmente o desenho é de uma
poeira onde vemos algumas pernas ou braços e várias onomatopéias: “POF”, “SOC”,
”TUMPT”, saindo da cena.
Algumas onomatopéias surgiram de verbos da língua inglesa e foram utilizados
pelos quadrinhos norte-americanos e hoje são usados em todo o mundo, como por
exemplo: CRASH, do verbo to crash, que significa – colidir, bater. SMACK, do verbo to
smack, que significa – beijar. SPLASH, do verbo to splash, que significa – esguichar.
Retângulos e Sarjetas
Outra característica dos quadrinhos é o retângulo, estabelecendo o limite da
ilustração. As imagens são colocadas dentro de retângulos com um pequeno espaço
entre eles que Mc Cloud chama de sarjeta. Este tipo de quadrinho com imagens
desenhadas com balões que possuem palavras são os tipos mais comuns e tradicionais
de quadrinhos.
As sarjetas que são os espaços entre um retângulo e outro, segundo Mc Cloud,
(1995), são elementos importantes na leitura dos quadrinhos. Nestes espaços vazios
entre um quadro e outro, o leitor faz a ligação das imagens e dos diálogos e precisa
imaginar o que aconteceu. Portanto nestes espaços é o leitor quem faz a história. Desta
maneira elas determinam o movimento e o ritmo dos acontecimentos. De um quadro
para o outro, às vezes é necessário imaginar uma grande história para ligar com o
próximo quadro.
Tempo e Movimento
A história em quadrinho é formada por um conjunto de desenhos fixos que
sugerem movimento e ritmo, através de uma variedade de recursos que indicam a idéia
de tempo e da sua duração.
A noção de tempo nos quadrinhos é dada principalmente pelas imagens, pelos
balões e pelos retângulos. Eles servem de apoio ao reconhecimento do tempo. Algumas
imagens são comuns aos leitores, por exemplo: se houver um relógio num quadro e no
quadro seguinte este mesmo relógio está com a hora diferente, significa um tempo que
passou. Um calendário que num quadro marca um dia e noutro outro dia, ou as folhas
deste calendário saindo uma a uma.
Nos balões a marcação do tempo mais comum é dizer quanto tempo se passou
através de lembranças da personagem, geralmente em balão-pensamento.
O número e o tamanho dos retângulos contribuem para marcar o ritmo da
história e a passagem do tempo. Se usamos muitos retângulos para fazer uma história,
tem-se a impressão de que o tempo da história foi maior do que se a história tivesse sido
feita em poucos quadrinhos. Este efeito pode ser usado com a variação do tamanho do
quadro. Por exemplo, a história se passa em três retângulos. Se estes retângulos são do
mesmo tamanho há uma idéia de tempo, se o retângulo do meio for mais comprido que
os demais, tem-se a impressão de que a cena que se passa nele, demorou mais tempo do
que as outras. Dessa forma o autor pode brincar com a variação de tempo, utilizando os
formatos e as quantidades de retângulos.
Quando é necessário comprimir o tempo, usa-se uma quantidade maior de
quadrinhos. Ao colocar os quadrinhos mais próximos uns dos outros, lidamos com um
tempo mais estrito.
A idéia de movimento nos quadrinhos pode ser percebida de diversas maneiras.
Geralmente são utilizados traços, ou o desenho de poeira para sugerir o movimento. Por
exemplo, quando um personagem está andando sai de seus pés uma poeirinha, ou se está
correndo, alguns traços são desenhados atrás dele, que sugere brisa provocada pelo
deslocamento rápido da personagem. É através destes traços que também sabemos se
está ventando numa história.
Cores
As cores também são importantes nos quadrinhos, depois que surgiram os
primeiros quadrinhos em cores, muitos personagens ficaram conhecidos pelas cores que
usavam. Um exemplo é a Mônica, criada por Maurício de Sousa, todos a reconhecem
pelo seu vestido vermelho. Ou o incrível HULK, criado por Stan Lee que é verde.
O uso das cores causou certos problemas no início, pois ficava muito caro
produzir quadrinhos coloridos. Sendo assim alguns quadrinhistas preferiram continuar
produzindo em preto e branco2 e os coloridos eram produzidos pelas grandes empresas[...].
Disponível em:
http://reposcom.portcom.intercom.org.br/bitstream/1904/19053/1/2002_NP16SCARELI.pdf

ACESSE:
http://www.mundocultural.com.br/index.asp?
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_seq%C3%BCencial_no_Brasil
url=http://www.mundocultural.com.br/artigos/Colunista.asp?artigo=692
http://www.universohq.com/quadrinhos/2006/n30012006_05.cfm
http://www.universohq.com/quadrinhos/2006/n30012006_05.cfm
http://www.alb.com.br/revistas/revista_01/lancam_01.asp
http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm
http://www.universohq.com/Quadrinhos/2007/review_Mauricio.cfm
(http://www.monica.com.br/comics/piteco/welcome.htm)

Academia Jovem de Letras de Garanhuns

Academia Jovem de Letras de Garanhuns foi criada pelo acadêmico João Marques e tem reuniões aos sábados no prédio da Academia de Letras de Garanhuns. Nestas , os jovens apresentam textos pessoais, assim como de outros escritores e discutem sobre temas relacionados e/ou recorrentes nos dias atuais. Estudantes de várias escolas participam do projeto, entre eles, alunos do Centro Experimental de Garanhuns que com toda certeza, juntos, tecem a história de Garanhuns na tessitura de suas próprias histórias.
João Marques e Luzinete Laporte.
Em atividade recente, os membros da academia Érika, Leandro, Rafaela e Rafaela Mélo participaram do lançamento do 5º livro "No Limiar" de Luzinete Laporte.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

E A VIDA?!...

...UM CONVITE









Certamente nossas aprendizagens não são as mesmas

E eu... ainda não aprendi a substituir o insubstituível
A não me decepcionar ... a não decepcionar
A entender que nem todo abraço protege
Que a alegria precisa ser moderada
A definir o eterno
A esquecer um amor... ou lembrar a rejeição
A entender o amor fora da doação, decisão e renúncia
A não gritar e pular de felicidade
Fazer certas coisas... que às vezes me devoram
A não morrer a cada instante de saudade
A guardar as fotos ou desligar o som
A querer perder
Muito pouco aprendi...mas sei que não passo pela vida...VIVO mesmo assim...por que também acredito que bom mesmo é VIVER.
(Perpétua)
ACESSE:

segunda-feira, 21 de abril de 2008

22 DE ABRIL DIA MUNDIAL DA TERRA

Sangue da terra( Norma Nava)

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.


O QUE SIGNIFICA PENSAR A TERRA VERMELHA PELO FOGO E PELO SANGUE...COLORIDA POR NOSSAS MÃOS?

Nave Terra
(Rita Lee)

"Nave Terra, cheia de natureza
O Sol é convosco
Bendita sois vós entre os Planetas
E Bendito é o fruto
de vossa semente, vida"

ATÉ QUANDO?...
TALVEZ EM SEU POEMA DRUMMOND NOS INDIQUE UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA


O Homem; As Viagens
Composição: Carlos Drummond de Andrade

O homem, bicho da terra tão pequeno
Chateia-se na terra
Lugar de muita miséria e pouca diversão,
Faz um foguete, uma cápsula, um módulo
Toca para a lua
Desce cauteloso na lua
Pisa na lua
Planta bandeirola na lua
Experimenta a lua Coloniza a lua
Civiliza a lua
Humaniza a lua.
Lua humanizada: tão igual à terra.
O homem chateia-se na lua.
Vamos para marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em marte
Pisa em marte
Experimenta
Coloniza
Civiliza
Humaniza marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
Sofisticado e dócil.
Vamos a vênus.
O homem põe o pé em vênus,
Vê o visto — é isto?
Idem Idem Idem.
O homem funde a cuca se não for a júpiter
Proclamar justiça junto com injustiça
Repetir a fossa
Repetir o inquieto Repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira terra-a-terra.
O homem chega ao sol ou dá uma volta
Só para tever?
Não-vê que ele inventa
Roupa insiderável de viver no sol.
Põe o pé e:
Mas que chato é o sol, falso touro Espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
Do solar a col- Onizar.
Ao acabarem todos Só resta ao homem (estará equipado?)
A dificílima dangerosíssima viagem
De si a si mesmo:
Pôr o pé no chão
Do seu coração
Experimentar
Colonizar Civilizar
Humanizar
O homem
Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
A perene, insuspeitada alegria
De con-viver.
E QUEM SABE CUIDAR DAQUILO QUE NÃO SABE FAZER: TERRA.GENTE

Que...
Que a mãe terra cuide de nós e nós dela
Que as paixões sejam intensas e inesquecíveis,
Que os amigos sejam muitos e verdadeiros,
Que os momentos felizes sejam bem vividos
e que sempre estejamos bem acompanhados,
Que os beijos sejam longos e cheios de desejo
Que o vinho seja tão bom quanto o da ultima vez que bebemos
Que a música seja mais alegre do que a que ouvimos ontem
Que os erros aconteçam e que as lições sejam ainda maiores
Que sempre existam fogueiras e amigos ao redor
Que os amores sejam eternos
Que as tardes de Sol sejam quentes
Que nas madrugadas chuvosas nossos pés estejam sempre aquecidos
Que o pôr-do-sol seja lindo
Que o fim de tarde seja cada vez mais nostálgico
Que as crianças sorriam mais
Que os velhos se amem mais
Que os adultos se preocupem menos
Que a vida seja bela
Que este poema tenha sentido
Que possamos amar maisQue sejamos todos mais loucos
Que os sorrisos sejam mais altosQue os gritos sejam mais fortes
Que o banho de chuva seja inesperado
Que o reencontro seja tão belo quando o encontro
Que a diversão não tenha fim
Que a música não pare
Que as coisas mais simples desta vida possam nos fazer felizes.
Que o fim seja só mais um começo
Chapolin...
(http://dipersona.blogspot.com/2007_06_24_archive.html)
http://letras.terra.com.br/carlos-drummond-de-andrade/807510/corrigir.php

http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./educacao/index.php3&conteudo=./educacao/artigos/diadaterra.html
http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=22985&action=news
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.casadacultura.org/arte/pint/norma_nava/

Sorvetada vip CEEG/Atividade 3º ano

sábado, 19 de abril de 2008

22 DE ABRIL...TERRA À VISTA... UM NOVO MUNDO À VISTA... BRASIL!!!

Desembarque de Cabral em Porto Seguro(Oscar Pereira da Silva)
DESCOBRIR, DESCOBRIR-SE...
Além do desenvolvimento comercial, as viagens marítimas portuguesas propiciaram uma ampliação do conhecimento humano sobre o próprio planeta, ao mesmo tempo em que desfilaram mitos e superstições sobre a existência de monstros marinhos e sobre a impossibilidade de haver vida no hemisfério sul, que para muitos era considerado inabitável. Os portugueses não só demonstraram que era possível navegar por todo o atlântico, como também provaram que os territórios do hemisfério sul eram verdejantes, férteis e habitados, não por monstros, mas por seres humanos. E, à margem da política agressiva e conquistadora que impulsionava as viagens marítimas, encontrava-se ainda o desejo humanista de conhecer a diversidade natural e humana do mundo. E podemos perceber em Pero Vaz de caminha essa curiosidade .(TUFANO e LAJOLO, 2003)
Ao que viu Pero Vaz de Caminha, deu vida em sete folhas de papel cobertas de escrita miúda. A visão do Monte Pascoal e, depois, dia a dia, o contato dos portugueses com a terra desconhecida são descritos com tal riqueza e profusão de detalhes que, ao fim, Caminha pede ao rei perdão "se há algum pouco alonguei". Não precisava – nada é demais sobre esse lugar tão estranho, com sua gente nua e pintada.
Natural do Porto, Pero Vaz vem de família burguesa de boa cepa. Escrivão, filho de escrivão, cuidava no Porto de anotar as taxas e os impostos devidos ao Tesouro do reino, como mestre da Balança da Moeda. Fiel servidor e cavaleiro dos últimos três reis, aos 50 anos, já avô, viu-se convocado pelo atual soberano para escrivão da nau de Cabral (cada navio tinha o seu, para anotar receita, despesa e falecimentos). Quando a expedição chegasse a termo na Índia, deveria ocupar o mesmo posto na feitoria portuguesa em Calecute. A missão acabou em tragédia. Ao cabo de três meses, a feitoria foi atacada e seus 50 ocupantes, entre eles Pero Vaz de Caminha, massacrados diante dos olhos do capitão Cabral, ancorado a pouca distância dali. Caminha morreu sem saber que, em reconhecimento a seu valor, dom Manuel decidiu acatar o pedido anotado nas últimas linhas – perdoar e dar por encerrado o exílio de seu genro Jorge de Osório.
Leia a seguir os trechos mais importantes da carta sobre o descobrimento da nova terra, avistada pela primeira vez na quarta-feira, 22 de abril de 1500:
“À quinta-feira, pela manhã, fizemos vela e seguimos até meia légua da terra, onde todos lançamos âncoras em direito da boca dum rio”. E dali houvemos vista de homens, que andavam pela praia, obra de sete ou oito. E o capitão mandou no batel, a terra, Nicolau Coelho, para ver aquele rio. E tanto que ele começou para lá ir, acudiram pela praia homens, de maneira que, quando o batel chegou à boca do rio, eram ali dezoito ou vinte homens, pardos, todos nus, sem nenhuma coisa que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos e suas setas. Vinham todos rijos para o batel e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pusessem os arcos; e eles os puseram. Ali não pôde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente deu-lhes um barrete vermelho e uma carapuça de linho, que levava na cabeça, e um sombreiro preto.

E um deles lhe deu um sombreiro de penas de aves compridas com uma copazinha pequena de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu continhas brancas, miúdas.
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma coisa cobrir nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. Traziam ambos os beiços debaixo furados e metidos por eles ossos de osso branco. Os cabelos seus são corredios, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia uma maneira de cabeleira de penas de ave amarela, mui basta e mui cerrada. O capitão, quando eles vieram, estava assentado em uma cadeira e uma alcatifa aos pés por estrado, e bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao pescoço. E nós outros, que aqui na nau com ele imos, assentados no chão por essa alcatifa.

Entraram e não fizeram nenhuma menção de cortesia nem de falar ao capitão nem a ninguém. Porém, um deles pôs olho no colar do capitão e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizia que havia em terra ouro. E também viu um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e então para o castiçal, como que havia também prata.
Deram-lhes ali de comer pão e pescado cozido, confeitos, mel e figos; não quiseram comer daquilo quase nada. E alguma coisa, se a provaram, lançavam-na logo fora. Trouxeram-lhes vinho por uma taça, mal lhe puseram assim a boca e não gostaram dele nada, nem o quiseram mais. Trouxeram-lhes água, tomaram dela bocados e não beberam. Somente lavaram as bocas e lançaram fora.

E então se estiraram assim de costas na alcatifa, a dormir, sem ter nenhuma maneira de cobrirem suas vergonhas, as quais não eram fanadas e as cabeleiras delas bem rapadas e feitas. O capitão lhes mandou pôr às cabeças coxins e o da cabeleira procurava assaz por a não quebrar. E lançaram-lhes um manto em cima e eles consentiram e dormiram.
Ao sábado pela manhã, mandou o capitão Nicolau Coelho e Bartolomeu Dias que fossem em terra e levassem aqueles dois homens e os deixassem ir com seu arco e setas, aos quais mandou dar camisas novas e carapuças vermelhas e dois rosários de contas brancas de osso, que eles levavam nos braços. E mandou com eles para ficar lá mancebo degredado, a que chamam Afonso Ribeiro, para andar lá com eles e saber de seu viver e maneira; e a mim mandou que fosse com Nicolau Coelho.

Fomos assim direitos à praia. Ali acudiram logo obra de 200 homens, todos nus, e com arcos e setas nas mãos. Aqueles que nós levávamos acenaram-lhes que se afastassem e pusessem os arcos e eles os puseram e não se afastavam muito. E, mal puseram seus arcos, então saíram os que nós levávamos e o mancebo degredado com eles. Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos, compridos, pelas espáduas; e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que de as nós muito bem olharmos não tínhamos nenhuma vergonha.
Ao domingo de Pascoela, pela manhã, determinou o capitão de ir ouvir missa e pregação naquele ilhéu, a qual disse o padre frei Henrique. Enquanto estivemos à missa e à pregação, seriam na praia outra tanta gente, pouco mais ou menos como os de ontem, com seus arcos e setas, os quais andavam folgando e olhando-nos, e assentaram-se. Neste ilhéu, onde fomos ouvir missa e pregação, espraia muito a água e descobre muita areia e muito cascalho. Foram alguns, em nós aí estando, buscar marisco e não o acharam. E acharam alguns camarões grossos e curtos, entre os quais vinha um muito grande camarão e muito grosso, que em nenhum tempo o vi tamanho.

Andamos por aí vendo a ribeira, a qual é de muita água e muito boa. Ao longo dela há muitas palmas não muito altas, em que há muito bons palmitos. Colhemos e comemos deles muitos. E além do rio andavam muitos deles, dançando e folgando uns ante outros, sem se tomarem pelas mãos, e faziam-no bem. Passou-se então além do rio Diego Dias, que é homem gracioso e de prazer, e levou consigo um gaiteiro nosso. E eles folgavam e riam e andavam com ele mui bem, ao som da gaita.
À segunda-feira, depois de comer saímos todos em terra a tomar água. Ali vieram então muitos, mas não tantos como as outras vezes. E traziam já muito poucos arcos e estiveram assim um pouco afastados de nós. E depois, poucos e poucos, misturaram-se conosco e abraçavam-nos e folgavam e alguns deles se esquivavam logo. Neste dia, os vimos de mais perto e mais à nossa vontade, por andarmos todos quase misturados. E o capitão mandou àquele degredado Afonso Ribeiro e a outros dois degredados que fossem andar lá entre eles. Foram a uma povoação de casas, em que haveria nove ou dez casas, as quais diziam que era tão comprida cada uma como esta nau capitânia. E eram de madeira, e das ilhargas, de tábuas, e cobertas de palha.

Tinham dentro muitos esteios e de esteio a esteio uma rede, em que dormiam, e, debaixo, para se aquentarem, faziam seus fogos. E tinha cada casa duas portas pequenas, uma em um cabo e outra no outro. E diziam que, em cada casa, se acolhiam trinta ou quarenta pessoas e que assim os achavam e que lhes davam de comer daquela vianda que eles tinham, a saber: muito inhame e outras sementes, que na terra há, que eles comem. E, como foi tarde, fizeram-nos logo todos tornar e não quiseram que lá ficasse nenhum.
À terça-feira, depois de comer, fomos em terra dar guarda de lenha e lavar roupa. Estavam na praia, quando chegamos, obra de sessenta ou setenta, sem arcos e sem nada. Tanto que chegamos, vieram-se logo para nós, sem se esquivarem. E depois acudiram muitos, que seriam bem duzentos, todos sem arcos. E enquanto nós fazíamos à lenha, faziam dois carpinteiros uma grande cruz dum pau que se ontem para isso cortou. Muitos deles vinham ali estar com os carpinteiros e creio que o faziam mais por verem a ferramenta de ferro, com que a faziam, que por verem a cruz, porque eles não têm coisa que de ferro seja.

À quarta-feira não fomos em terra, porque o capitão andou todo o dia no navio dos mantimentos a despejá-lo e fazer levar às naus isso que cada uma podia levar. À quinta-feira, derradeiro de abril, comemos logo quase pela manhã e fomos em terra por mais lenha e água. Andariam na praia, quando saímos, oito ou dez deles e daí a pouco começaram de vir; e parece-me que viriam, este dia, à praia quatrocentos ou quatrocentos e cinqüenta. Comiam conosco do que lhes dávamos e bebiam alguns deles vinho e outros o não podiam beber, mas parece-me que se lho avezarem, que o beberão de boa vontade. E andavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós andávamos entre eles.

Quando saímos do batel, disse o capitão que seria bom irmos direitos à cruz, e que nos puséssemos todos em joelhos e a beijássemos, para eles verem o acatamento que lhe tínhamos. E assim o fizemos. E esses dez ou doze que aí estavam, acenaram-lhes que fizessem assim e foram logo todos beijá-la. Parece-me gente de tal inocência que, se os homens entendessem e eles a nós, que seriam logo cristãos, porque eles não têm nem entendem em nenhuma crença, segundo parece. Eles não lavram, nem criam, nem há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem outra nenhuma alimária, que costumada seja ao viver dos homens; nem comem senão desse inhame que aqui há muito e dessa semente e frutos que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto com quanto trigo e legumes comemos.

E hoje, que é sexta-feira, primeiro dia de maio, pela manhã, saímos em terra com nossa bandeira e fomos desembarcar acima do rio, onde nos pareceu que seria melhor chantar a cruz para ser mais bem vista. Chantada a cruz com as armas e divisa de Vossa Alteza, que lhe primeiro pregaram, armaram altar ao pé dela. Ali disse missa o padre frei Henrique. Ali estiveram conosco a ela obra de cinqüenta ou sessenta deles, assentados todos em joelhos, assim como nós.
Esta terra, Senhor, me parece que será tamanha, que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa; traz ao longo do mar grandes barreiras, e a terra muito cheia de grandes arvoredos; é toda praia muito formosa. Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro. Porém, a terra, em si, é de muito bons ares. Águas são muitas, infindas.

E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Porém, o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente.
E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta vossa terra vi. E, se há algum pouco alonguei, Ela me perdoe, que o desejo que tinha de vos tudo dizer mo fez assim pôr pelo miúdo. E, pois que, Senhor, é certo que assim neste cargo que levo, como em outra qualquer coisa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há-de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da Ilha de São Tomé Jorge de Osório, meu genro, o que d'Ela receberei em muita mercê.
Beijo as mãos de Vossa Alteza.
“Deste Porto Seguro, de vossa ilha da Vera Cruz, hoje sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.”

BIBLIOGRAFIA:
TUFANO, Douglas & LAJOLO, Marisa. A viagem de Cabral na carta de caminha.1ª ed - São Paulo: Moderna, 2003. _ (Coleção palavra da gente; v.6. relato de viagem)
BUENO, Eduardo.Brasil:terra à vista: uma aventura ilustrada do descobrimento.Porto Alegre:L&PM, 2003.
Informações:
http://www.dbd.puc-rio.br/brasil500anos/brasil500anos.html
http://www.brasilescola.com/historiab/descobrimento-brasil.htm

sábado, 12 de abril de 2008

21 DE ABRIL NO BRASIL:NEM CULPA NEM INOCÊNCIA

Tiradentes esquartejado(Pedro Américo, 1893)
Hino a Tiradentes
Composto por ocasião da comemoração do 9° decenário da execução do infeliz mártir da liberdade, e posto em música pelo maestro o Sr. Emílio Soares de Gouveia Horta


Salve, salve, ínclito mártir,
Resplandecente farol!
Da aurora da liberdade
Foste o sangrento arrebol.

Em soberbos monumentos
Grave a mão da pátria história:
- Maldição a teus algozes
Ao teu nome eterna glória.

A tua cabeça heróica
Sobre vil poste hasteada
- Liberdade
- Independência
Até hoje inda nos brada.

Em soberbos monumentos...

Do teu mutilado corpo
Os membros esquartejados
Foram ecos rugidores,
Aos quatro ventos lançados.

Em soberbos monumentos...

De teu sangue generoso
Esta terra rociada
Fez brotar da independência
A semente abençoada.

Em soberbos monumentos...

Esse sangue derramado
Pelo brutal despotismo
Foi da pátria brasileira
O sacrossanto batismo.

Em soberbos monumentos...

Desde então à tirania
O férreo braço adormece,
E o formoso sol dos livres
No horizonte resplandece

Em soberbos monumentos...

Salve, salve, ínclito mártir
Sanguinolento farol,
Que acendeste no horizonte
Da liberdade o arrebol!

Em soberbos monumentos...

Ouro Preto, abril de 1882

TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO

Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco lingüístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia ).
Dança dos Tapuias (Albert Eckhout 1610-1666)
Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.
Guerreiro indígena a cavalo (Jean-Baptiste Debret)
Comemora-se, no Brasil, todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Mas porque foi escolhido o 19 de abril? Por que um dia para o índio?
Ilustração de guerreiros indígenas (Jean-Baptiste Debret)

CEEG NA PASSEATA DE COMBATE AO MOSQUITO DA DENGUE

quarta-feira, 9 de abril de 2008

III JOGOS CEEG 2008/IMAGENS E RESULTADOS (Click)

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA SAEPE 2008 (Click)

terça-feira, 8 de abril de 2008

ABERTURA DOS III JOGOS INTERNOS CEEG 2008(Click)

O CENTRO DE ENSINO EXPERIMENTAL DE GARANHUNS REALIZA NO PERÍODO DE 08/04 a 15/04/08 OS III JOGOS INTERNOS...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS DAS MÃOS

COMO VOCÊ DEFINIRIA O PAPEL DAS MÃOS NA CONSTRUÇÃO DA "VIDA"?
Obra de Drawing Hands M. C. Escher, 1948 lithograph, 28.2 × 33.2 cm
"DA CRIAÇÃO"?... (Michelângelo)
Mãos que, porque têm alma nos dedos, desenham conduzindo o pensamento a fixar-se no papel. Mãos desejantes, representando que o homem a si próprio produz. Que quando comovido ante o mundo se aventura a produzir[...].Faz isso de mãos dadas com a imaginação embrenhando-se nos campos da linguagem da arte. (Martins, 1998)
Mãos
As nossas mãos não são simples instrumentos do cérebro para realização de tarefas; elas são também delegadas para missões difíceis, delicadas, próprias do ser humano. Somente o homem tem mãos. O que os olhos não podem expressar, fazemos com as mãos. Elas exploram apalpam, vêem. As mãos recolhem, acolhem distribuem. Os olhos contemplam, as mãos agem falam, se manifestam. São elas que cumprimentam, acenam de longe, batem nas costas, aplaudem. As duas têm a mesma formação cultural, mas geralmente uma só sabe escrever. Jamais exploramos todas as potencialidades de nossas mãos. As mãos simbolizam o próprio “eu” da criatura. A personalidade nelas está gravada. Muito mais que na cara e no nome, nossa identidade está nas impressões digitais [...]. Na verdade, as mãos, as mãos guardam grandes mistérios. Elas são capazes de atos nobres, mas também podem espalhar desolação. As mãos podem salvar e matar. Espalhar sementes de amor e ódio, acariciar ou agredir, abrir-se em doação ou fecharem-se avarentas. Mas o ideal é que nossas mãos estejam sempre a serviço do BEM e da BELEZA, semeadoras de esperanças, amor e paz. (Luis Fernando Veríssimo, Jornal do Brasil. Revista de domingo, 1992)
Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria,
o tempo presente,
os homens presentes,
a vida presente.

Sentimento do mundo
Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transigena confluência do amor.
Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.
Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.
Quando os corpos passarem,eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microscopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrado
sao amanhecer
esse amanhecer
mais noite que a noite.
(Carlos Drummond de Andrade)

Disponível em:
BIBLIOGRAFIA:
LEITÃO, A. Ramos. Iniciação à arte: roteiro para aulas.São Paulo: Globo, 2006.
MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias. Didática do ensino de arte.São Paulo:FTD, 1998.