Professora Maria Perpétua Teles Monteiro
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quarta-feira, 22 de julho de 2009

A tão atual Jangada da Medusa

Theodore Gericault – Jangada da Medusa(1816)
A personalidade atribulada de Géricault sempre marcou a sua forma de encarar o mundo. Em 1818, ano que o inscreveu na história da pintura, teve um relacionamento com a mulher de seu tio do qual nasceu uma criança que foi dada a adoção. Géricault nada fez para evitar os acontecimentos, mas a verdade é que os remorsos o destruíram. Afastou-se dos amigos, raspou os cabelos e auto flagelou-se com dezoito meses de trabalho árduo. Dezoito meses que lhe permitiram pintar a obra que o projetou: "A Jangada da Medusa". A obra é marcada pela emotividade do Romantismo e o imediatismo do Realismo. A viagem da sofisticada fragata "Medusa" foi interrompida por um erro de navegação cometido por um comandante que não fazia uma viagem há vinte anos. Numa época em que se exaltava o progresso da humanidade- a pós-Revolução francesa onde se exaltavam os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade entre os homens, o naufrágio da Medusa evidenciou os instintos mais básicos do homem. O canibalismo foi a solução para os sobreviventes vencerem a morte. O que foi e o que é o Humanismo, pensado pelo homem, diante da necessidade de sobrevivência quando se tem que escolher entre o eu e um outro? O que ele significa diante da realidade da morte? O mundo contemporâneo seria uma versão da “Medusa”?
Que tipo de homens havia lá?
Quem são os de cá?


PESQUISA REALIZADA EM:http://www1.ci.uc.pt/iej/alunos/1999-2000/medusa/index.htm

IMAGEM RETIRADA DE:
http://vodpod.com/watch/1545176-a-jangada-da-medusa-de-theodore-gericault