Professora Maria Perpétua Teles Monteiro
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domingo, 11 de março de 2012

07 de março - Dia de Santa Perpétua


A História de Perpétua chamou minha atenção pelo nome e por não ser tão conhecida como tantas outras, por isso a socializo  com um convite à reflexão.

 Dia 07 de março é o dia dedicado à Santa Perpétua e Felicidade, mártires. Em Cartago (Cidade da costa da África do Norte, numa península próxima da qual se encontra hoje a cidade de Túnis. Foi fundada por colonizadores fenícios Tiro (antes da data tradicional de 814 a.C.). Cartago tornou-se, dentro de pouco tempo, a capital de uma república marítima muito poderosa, que substituiu Tiro no Ocidente, criou colônias na Sicília, na Sardenha, na Espanha, enviou navegadores ao Atlântico Norte e sustentou contra Roma, sua rival, as olongas guerras conhecidas pelo nome de guerras púnicas (264-146 a.C.)),no  ano de 203, durante a perseguição desencadeada pelo imperador  Severo, cinco catecúmenos foram presos. Entre eles estavam Perpétua - nobre cartaginesa, com apenas 22 anos de idade, esposa de um homem de boa posição social, mãe de um menino, ainda em fase de amamentação, e Felicidade, escrava, em estado de gravidez, que veio a dar à luz, na prisão, a uma menina, que foi adotada por um cristão.

Segundo registro em seu diário, Perpétua relata: "Nos colocaram no cárcere e fiquei consternada porque nunca havia estado em local tão escuro. O calor era insuportável e havia muitas pessoas em um subterrâneo muito estreito. Parecia que morreria de calor e asfixia, mas sofria muito mais por não poder estar junto de meu filho, que tinha tão poucos meses e muito necessitava de mim. O que mais pedia a Deus era que nos desse grande virtude para sermos capazes de sofrer e lutar por nossa fé".

À Perpétua o  juiz  pedia que deixasse a religião de Cristo e passasse a religião pagã, que assim salvaria sua vida. E lhe recordava que era mulher muito jovem e de família rica. Porém Perpétua proclamou que estava decidida a ser fiel a Jesus Cristo até a morte. Neste momento, trouxeram seu pai, o único na família que não era cristão, ajoelhado ele  suplicou que não persistisse em chamar-se cristã, que aceitasse a religião do imperador, que o fizesse por amor a seu pai e seu filhinho. Ela se comoveu imensamente, mas terminou dizendo-lhe: "Pai, como se chama este objeto a sua frente?". "Uma bandeja, minha filha.", respondeu ele. "Pois bem, a esta bandeja há de chamar-se bandeja, porque é uma bandeja. E sou cristã, não posso me chamar pagã, porque sou cristã e quero sê-lo para sempre." E acrescentou em seu diário: "Meu pai era o único na família que não se alegrava porque nós seríamos mártires em Cristo".

O juiz decretou que os três homens deveriam ser levados ao circo e ali, em frente à multidão, seriam destroçados por feras no dia da festa do imperador; e que as mulheres seriam amarradas frente a uma vaca furiosa. Antes de levarem os cristãos ao circo, os soldados queriam que os homens se vestissem como sacerdotes dos falsos deuses e as mulheres como sacerdotisas pagãs. Porém Perpétua se opôs e ninguém conseguiu lhes vestir aquelas roupas.

Os escravos foram jogados às feras, que os destroçaram.  

A Perpétua e Felicidade amarram com arame, colocaram-nas no centro e soltaram uma vaca bravíssima, que as atacou sem misericórdia. Perpétua unicamente se preocupava em ir-se cobrindo, com os restos de tecido que sobravam, para que não desse espetáculo por estar desnuda. Ajeitava os cabelos, para que não parecesse uma pagã chorona. O povo emocionado, ao ver a valentia das jovens mães, pediu que as retirassem pela porta onde saiam os gladiadores vitoriosos. Perpétua, então saiu de seu estad, e perguntou onde estava a tal vaca que lhes atacaria.

Mas logo após a multidão cruel pediu que as trouxessem para lhes cortar a cabeça em frente a todos. Ao saber desta notícia, as jovens abraçaram-se emocionadas e retornaram a praça. A Felicidade cortaram a cabeça com um golpe de machado, Porém o verdugo que deveria matar Perpétua estava muito nervoso e errou o primeiro golpe. Ela deu um grito de dor, porém posicionou melhor a cabeça para facilitar o trabalho do verdugo e lhe indicou onde deveria atingi-la. Assim, esta mulher corajosa mostrou até o último instante que morria mártir por sua própria vontade e com toda generosidade.

ALGUMAS INDAGAÇÕES:
Por que a História de Perpétua se tornou tão pouco conhecida em comparação a outras histórias da Igreja?
Quem é a Roma  Católica na história do Cristianismo?
É interessante perceber que seu nome tornou-se ligado a bois. Tereia sido o evento da vaca o mais forte?
Que cor tinha Perpétua? Há uma contribuição negra, em sua história, ao cristianismo?
O que nos diz a Arte?
Que história conhecemos sobre os cartagineses?
Perpétua tinha sonhos. Foi um desses que a fez seguir confiante e fazer com que seus companheiros também seguissem com fé.
Qual o sentido da vida e da morte?
Como analisar a capacidade de ser fiel a sua crença, valores e amigos?
Como não destacar sua integridade?
Como não falar em dignidade?
Como não significar uma mulher que mesmo sabendo que ia morrer juntava pedaços de suas veste para não se ver exposta à multidão?
Como foi aos 22 anos de idade deixar filho e marido para não negar a fé?

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