Dos limites das respostas iniciais das meninas de que o homem não presta, de que todo homem é safado, de que os homens são traíras, ou de que não são tão ruins assim; do silêncio atento e confuso e do sorriso indeterminado dos meninos, o grupo ampliou sua visão para o ser humano tentando se aproximar das características que formam sua essência, ou quem sabe, sua natureza. Novas respostas, certamente, não foram encontradas, mas pensar as já existentes nos possibilitou descobrir, ver e analisar o que está muito próximo a nós, em nós e que na maioria das vezes não enxergamos ou enxergamos pelas lentes da ideologia que nos convém.
Para pensar o ser humano enquanto ser ético- possuidor de uma consciência moral, os alunos simularam (quase que de improviso) um casamento em que houve traição e a segunda pessoa, já grávida, foi aconselhada a praticar o aborto. Pela trama também passarão situações ligadas à postura de algumas mulheres: compras demais, vaidades, descaso com a família, competição com o marido, independência financeira; do homem passivo, mentiroso, acomodado, aproveitador...
Na trama os personagens optam pelo “não ao aborto” apesar das situações de conflito em relação à criação e bem-estar da mesma.
Em outra cena a mesma questão foi discutida numa situação em que um político compra votos das pessoas oferecendo dinheiro e pequenos favores... Na cena duas pessoas são interpeladas, uma mulher comum, do povo e na outra uma estudante.
Detalhe: a estudante é quem vende seu voto aceitando dinheiro e favores...
Ainda instigando a discussão sobre a moral humana foi apresentada uma cena em que policiais violentos abordam estudantes na rua, após um roubo...
O espancamento acontece no momento da prisão...
Mas houve um engano...
Que foi desfeito porque os acusados através de retratos falados identificaram os verdadeiros ladrões...
Após desfeito o engano, o delegado libera os acusados...
que saem da delegacia aos risos...?[...]?
Para discutir o ser estético um grupo apresentou diferentes culturas com o objetivo de mostrar que o ideal de beleza é diferente para os diferentes povos.
No entanto, a nordestina se explicava o tempo todo, faltava uma sandália nos seus pés, ela era assim mesmo...
Em um salão de beleza ou clínica o ser estético foi apresentado pela ânsia de se transformar para se sentir melhor. Atraída pelo modelo de beleza e pelas medidas da atualidade uma rica senhora se enfeita, segue a moda e faz coisas aparentemente desnecessárias ou úteis ao seu corpo...
Um homem também procura a clínica falando de suas necessidades de ficar mais belo e forte...
Enquanto isso outra mulher reluta para não se enfeitar ou fazer plásticas...
Convencida pelas amigas e pela Drª. dona da clínica ela topa fazer o tratamento...
Na clínica encontra o jovem que também passava pelo mesmo processo e os dois terminam namorando...
Quem fica mais feliz?...A dona da clínica.
Um menino de rua que passou três dias sem comer e se encontra no lixo procurando alimento serviu para motivar a discussão sobre o ser material, o ser corpóreo e determinado pelo meio físico e cultural em que vive...
A moça rica não percebeu o menino...
Quem passou negou ajuda... Como falar em vida consciente, autodeterminada e autodeterminante?
O homem como ser finito, perfectível e inacabado foi demonstrado por uma vovó que na cozinha da sua casa fala aos netos sobre a fragilidade da vida, pois sabe que sua vida tem começo, meio e fim...
Após a conversa a vovó morre...
Consciente que é um "ser-para-a-morte" um dos netos procura caminhos junto aos amigos
e médicos para viver mais e melhor...
Diante da certeza da morte e de sua crise existencial sua vó aparece, em sonho, e o instiga a buscar o bem, as questões espirituais e a Deus para que ele possa conviver melhor com essa realidade...
Em uma pequena maquete foi exposto um pouco da capacidade do homem livre...
Animal guiado por seus instintos, mas capaz de controlá-los através de suas livres decisões e fazer escolhas entre o bem e o mal, o certo e o errado, o verdadeiro e o falso. Capaz de compreender e discernir sobre as conseqüências de suas opções e ações sobre o mundo, os outros, sobre si mesmo.
Um ser que age, produz e que é permanentemente movido, convidado à ação, por isso, um ser de práxis que através do trabalho, da ciência e da tecnologia, em virtude de sua inteligência e liberdade, transforma o mundo.
O ser social e político foi apresentado numa sala de reunião de uma empresa onde o dono autoritário não ouve e nem respeita ninguém...
Após algumas perdas ele muda de comportamento, conquista o seus funcionários e aprende que nenhum ser humano vive sozinho, nem mesmo os que têm dinheiro...Que todo ser humano deve buscar uma convivência harmoniosa e deve ser estimulado a compartilhar sua existência com os demais, movidos pela necessidade de buscar o bem comum através da cooperação.
Uma liberdade que o estudante Aristóteles do 1º ano "G" descreveu assim:
O homem um ser livre, mas desgarrado
O homem é um lobo
Um lobo libertado
Sofrendo as conseqüências
De problemas existenciais inacabados
Por ser livremente mal
Tornou-se um ser irresponsável
Irresponsável homem
Animal sim
Mas não todos
Só alguns tantos.
Uma personalidade exclusiva falou do ser psíquico, da sua necessidade de auto-estima e auto-respeito...
Da necessidade de carinho, afeto e aceitação...Dos desejos e aspirações que o impulsiona a buscar novas perspectivas e auto realização...E TUDO PARA PENSAR A RACIONALIDADE HUMANA
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