A LEI 13.995 DE 22.12.2009
DISPÕE SOBRE A INCLUSÃO DE MEDIDAS DE CONSCIENTIZAÇÃO, PREVENÇÃO, DIAGNOSE E COMBATE AO BULLYING ESCOLAR NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ELABORADO PELAS ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO.
(Palestra com Profº Josevaldo A. Melo)
Na escola de Referência em Ensino Médio de Garanhuns estamos direcionando momentos da formação continuada com os professores para apropriação da temática e junto a estes encaminhando algumas atividades. Nos horários das oficinas, nos espaços de discussão e reflexão da sala de aula e durante as atividades do Projeto BOM DIA estamos vivenciando momentos de conscientização, prevenção e combate ao Bulling na escola com atividades acompanhadas pelos professores e com atividades direcionadas pelos alunos no sentido, também, do protagonismo juvenil.
Realizamos com todas as turmas dos primeiros anos no dia 09 de abril uma tarde de oficinas com dinâmicas, estudos, discussão e construção de proposta de ações visando combater o Bulling em âmbito escolar.
Na ocasião os alunos discutiram junto aos professores o texto "O caso de Miguel" que motivou a discussão sobre a forma como vemos e julgamos as pessoas. Os alunos interpretaram os personagens e situações que aparecem no texto e a partir dele puderam refletir suas ações. Uma tempestade de idéias permitiu aos estudantes expressarem suas concepções e sentimentos em relação ao Bulling.
Cada professor trabalhou, em transparências, as informações contidas na Cartilha Bulling e todo aluno recebeu uma cópia da LEI 13.995 DE 22.12.2009.
Em cada turma os grupos organizados tiveram a oportunidade de propor ações de combate ao Bulling na escola.
No dia 19 de abril, nas atividades do Bom Dia os alunos do 3º ano "C" protagonizaram uma palestra sobre o Bulling utilizando um material por eles pesquisado em textos, vídeos, mensagens e imagens instigando a reflexão e o combate ao Bulling. Essa turma também identificou a pratica do Bulling na Internet numa situação em que um grupo de estudantes da escola em 2009 postou uma paródia ridicularizando dois colegas da turma. Além da ação da equipe gestora, por meio da atividade realizada pelos próprios colegas o grupo que praticou a ação desculpou-se e retirou o texto produzido do espaço virtual.Nesses momentos, que também têm sidos vivenciados a cada semana pelos demais 3º e 2º anos, estamos sempre incentivando o olhar o outro, o abraçar, o pedir desculpas, o dar um BOM DIA no sentido “bem dito” e no intuito de “bem dizer” a palavra e com ela abençoar.
Das ações realizadas pelos professores, em sala de aula, destacamos as atividades desenvolvidas pela professora Maria Soares junto aos primeiros anos na Disciplina Educação e Trabalho. Hoje os alunos dos primeiros anos trouxeram à escola o professor de Ética da Universidade de Pernambuco - Campus Garanhuns Josevaldo Araújo de Melo autor do livro Bulling na escola:como identificá-lo, previni-lo,combatê-lo.
Durante a palestra professor Josevaldo, entre outros, conversou com os estudantes sobre temáticas que são apresentadas em seu livro, como: conceitos e origem do Bulling, fatores que favorecem o desenvolvimento do Bulling, conseqüências da vitimização do Bulling, medidas a serem tomadas pelos pais, combate e prevenção ao Bulling no ambiente escolar e casos de Bulling no mundo e no Brasil. A discussão foi ampliada pelos alunos que inquiriram o palestrante sobre a prática do Bulling partindo de professores.
(Atividades do Projeto BOM DIA)
Como pontua Melo (2010) o Bulling não é um fenômeno novo, pois a violência que o caracteriza sempre existiu. O que há de novo é a perspectiva de estudo adotada no intuito de identificá-lo, previni-lo e combatê-lo.
Em seu artigo Andréia Barros (novaescola@atleitor.com.br), de João Pessoa (PB), destaca que o Bullying vai muito além da brincadeira sem graça.
Esse termo não tem um correspondente em português. Em inglês refere-se à atitude de um bully (valentão). Objeto de estudo pela primeira vez na Noruega, o bullying é utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica contra alguém em desvantagem de poder, sem motivação aparente e que causa dor e humilhação a quem sofre. “É uma das formas de violência que mais cresce no mundo”, afirma Cléo Fante, pedagoga pioneira no estudo do tema no país e autora de Bullying Escolar (Artmed). Segundo ela, o bullying pode acontecer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho. “Identificamos casos de bullying em escolas das redes pública e privada, rurais e urbanas e até mesmo com crianças de 3 e 4 anos, ainda no Ensino Infantil”, comenta.
Para o presidente do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Buylling Escolar, José Augusto Pedra, o fenômeno é uma epidemia psico-social e pode ter conseqüencias graves. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa. Crianças e adolescentes que sofrem humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem ter queda do rendimento escolar, somatizar o sofrimento em doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade.
O bullying, de fato, sempre existiu. O que ocorre é que, com a influência da televisão e da internet, os apelidos pejorativos foram tomando outras proporções. “O fato de ter conseqüências trágicas, como mortes e suicídios, e a falta de impunidade proporcionou a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema”, aponta Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro “Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil”.
Certamente controlar o bullying nas escolas não é tarefa fácil. Mas, é certo também, que todos nós educadores precisamos buscar meios, tempo, paciência e habilidade para lidar com jovens envolvidos em bullying e suas famílias.
Encontrar o caminho, o jeito é um dos nossos grandes desafios na missão de formar jovens autônomos, solidários e comprometidos consigo mesmo, com o outro e com a sociedade da qual participa.
(Professora Perpétua Teles(Coordenadora Pedagógica) - Bom Dia!)
Nessa busca ser exemplo jamais pode ser nosso dilema, valores como respeito, dignidade, integridade, compromisso, justiça e participação democrática não podem estar na corda bamba.
Por isso, reafirmamos nosso fazer pedagógico direcionado para a vivência de valores na escola ratificando a postura assumida na proposta pedagógica e materializada nas atividades das diferentes áreas do conhecimento desde 2006 e em específico no Componente Curricular Educação Direitos Humanos e Cidadania desde 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário