UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – CAMPUS GARANHUNS
PROJETO DE EXTENSÃO – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - DETENTOS
Coordenador: Prof. Dr. Mário Medeiros
Encontro de Língua Portuguesa
Carga horária: 8h/aulas
Local: Canhotinho
Público alvo: Professores dos detentos
Ministrante: Professora Maria Perpétua Teles Monteiro
1- EMENTA
Comunicação. Cidadania. Direitos Humanos. Projetos comunitários.
2- OBJETIVOS
Possibilitar a reflexão em torno da noção de Cidadania e direitos humanos a partir da discussão sobre o conjunto de condições mínimas necessárias à pessoa humana, entre elas educação, leitura e escrita, para que esta possa,no encontro com sua dignidade, se desenvolver e se tornar útil à sociedade.
3- CONTEÚDOS
3.1. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
3.1.1. Comunicação oral: canto, conversa informal, depoimentos, relato de experiências.
3.1.2. Comunicação escrita: desenhos, palavras, frases, pequenos textos
3.2. CIDADANIA
3.3. DIREITOS HUMANOS: Dignidade da pessoa e solidariedade. Violência e tortura.
3.3. PROJETOS COMUNTÁRIOS
4- METODOLOGIA
Conversa informal
Audição de música/mensagem
Exposição dialogada
Leitura, estudo e análise de textos
Planos de aula/Apresentação
Vídeos
Construção de painel
4.1. ROTEIRO DE TRABALHO
DIA 16/09/2011
· TARDE (13h às 17h)
Apresentação / justificativa/ objetivos do encontro.
Informações sobre as atividades a serem realizadas.
Acordos para realização do trabalho
Audição da música “Pensamentos” de Roberto Carlos( painel)
Mensagem: Imagem girassol
Tempestade de idéias: Leituras/mensagens contidas na música
“Cidadania/Direitos humanos”
Exposição dialogada: “Cidadania (enraizamento social)/Direitos humanos”
Construção de aulas considerando os temas: Cidadania e Direitos Humanos.
(Caderno Viver e Aprender – Alfabetização de Jovens e Adultos)
5- RECURSOS MATERIAIS
Equipamento de som
CD com música (Pensamentos) de Roberto Carlos
Data show
Vídeo
10 fls de papel quarenta
Lápis hidrocor, pilot, cera (várias cores)
Revistas usadas
4 tubos de cola
5 tubos de tinta guache (vermelho, amarelo, azul, preto e branco)
10 pincéis (médios)
2 tubos de fita e/ou durex
10 cartolinas
6- AVALIAÇÃO
Dar-se-á através da participação e produção das atividades propostas, pelos participantes e de depoimentos sobre o encontro.
7- BIBLIOGRAFIA
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania.São Paulo: Moderna, 1998.
DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do futuro. Cidadania hoje e amanhã. São Paulo: Ática, 2003.
MORENO, Montserrat ET al. Falemos de sentimentos. A afetividade como um tema transversal. São Paulo: Moderna, 1999.
VÓVIO, Claúdia.Viver, Aprender: alfabetização de Jovens e Adultos. 3ª Ed. São Paulo: Global, 2009.
Resumo: A ressocialização eficaz de apenados é de grande interesse para a política de combate à criminalidade e é um desafio para os criminologistas e para as autoridades responsáveis pela segurança, porque os patamares alcançados pela violência no Brasil tornaram-se incompatíveis com a índole cristã, cidadã e com o desejo de progresso e de melhoria sustentada da qualidade de vida da sociedade brasileira. Na pesquisa que resultou neste artigo nos propusemos, a partir do conceito de ECRO (Esquema Conceptual, Referencial e Operativo), de Pichón-Rivière (1977) a tarefa de identificar os conceitos referenciais que orientaram a conduta anti-social de um grupo psicoterápico operativo de 25 apenados do CRA (Centro de Ressocialização do Agreste). Buscamos compreender melhor o fenômeno da conduta anti-social para promover uma reconfiguração na estrutura cognitiva desses apenados. Contribuíram também para a fundamentação teórica do nosso trabalho a ênfase dada por Winnicott (1999) ao relacionamento primário no desenvolvimento humano e a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (1980). O trabalho foi realizado através de uma abordagem de cunho qualitativo e sob a forma de pesquisa – ação. É relevante notar que os participantes do grupo operativo ao exporem suas experiências e conflitos, possibilitaram uma abertura para o novo, e assim pudemos vislumbrar a promoção de mudanças de significados, em prol do desenvolvimento sadio, algo imprescindível para a orientação do comportamento socialmente aceito. A intervenção no plano cognitivo possibilitou uma percepção mais nítida das facilidades e obstáculos na tarefa de reconfiguração do ECRO, mostrando que o enfoque utilizado foi efetivo apresentando resultados promissores para a ressocialização em um menor espaço de tempo, algo que seria inviável se o trabalho fosse orientado somente para o plano afetivo dos apenados.
Palavras-chaves: Ressocialização, ECRO, Apenados.
SOBRE A TEMÁTICA ACESSE ARTIGO DO PROFESSOR MÁRIO MEDEIROS EM:
DIÁLOGOS N.° 5 – Mário Medeiros & Thyale de Vasconcelos Velozo – Ressocialização de Apenados...
Ressocialização de Apenados: Eficácia e Obstáculos
Prof. Dr. Mário Medeiros
Thyale de Vasconcelos Velozo
UPE-Faceteg
Resumo: A ressocialização eficaz de apenados é de grande interesse para a política de combate à criminalidade e é um desafio para os criminologistas e para as autoridades responsáveis pela segurança, porque os patamares alcançados pela violência no Brasil tornaram-se incompatíveis com a índole cristã, cidadã e com o desejo de progresso e de melhoria sustentada da qualidade de vida da sociedade brasileira. Na pesquisa que resultou neste artigo nos propusemos, a partir do conceito de ECRO (Esquema Conceptual, Referencial e Operativo), de Pichón-Rivière (1977) a tarefa de identificar os conceitos referenciais que orientaram a conduta anti-social de um grupo psicoterápico operativo de 25 apenados do CRA (Centro de Ressocialização do Agreste). Buscamos compreender melhor o fenômeno da conduta anti-social para promover uma reconfiguração na estrutura cognitiva desses apenados. Contribuíram também para a fundamentação teórica do nosso trabalho a ênfase dada por Winnicott (1999) ao relacionamento primário no desenvolvimento humano e a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (1980). O trabalho foi realizado através de uma abordagem de cunho qualitativo e sob a forma de pesquisa – ação. É relevante notar que os participantes do grupo operativo ao exporem suas experiências e conflitos, possibilitaram uma abertura para o novo, e assim pudemos vislumbrar a promoção de mudanças de significados, em prol do desenvolvimento sadio, algo imprescindível para a orientação do comportamento socialmente aceito. A intervenção no plano cognitivo possibilitou uma percepção mais nítida das facilidades e obstáculos na tarefa de reconfiguração do ECRO, mostrando que o enfoque utilizado foi efetivo apresentando resultados promissores para a ressocialização em um menor espaço de tempo, algo que seria inviável se o trabalho fosse orientado somente para o plano afetivo dos apenados.
Palavras-chaves: Ressocialização, ECRO, Apenados.
Revista Diálogos n.° 5 – Revista de Estudos Culturais e da Contemporaneidade – UPE/Faceteg –
Garanhuns/PE - 2011
Um comentário:
Esse trabalho, até hoje me enche de orgulho, e quão grande é a importância dele, na minha profissão.
bJOS
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